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domingo, 18 de janeiro de 2009

Verdade volátil

Todos os dias, à noite, selo meus conceitos e reabro nas manhãs consecutivas, salvo em noites de insônia, que reservo para reabrir as "caixinhas" sem etiqueta para tentar reoganizar tudo, as vezes pela ducentésima vez. Chutando de vez qualquer possibilidade de dormir 8 horas seguidas como uma pessoa dita comum.
Enfim, na ânsia de organizar meus pensamentos de forma a conseguir exprimí-los, abdico de vez do meu sono, tão ético quanto raro.
E, por mais que eu conheça a possibilidade imensa de eu nunca conseguir definir em qual caixa colocar os pensamentos da caixa sem etiqueta, eu não desisto e resisto, confiante como se praticasse um hobby, sem pressão ou pressa.
Não ouso deixar de pensar nas caixas já definidas e etiquetadas, pois não há verdade minha que não seja questionada. Questiono e acredito que todas elas possam mudar se, no seu tempo, eu receber uma epifania, individual ou de outrem, razoável o suficiente para suprimir o desgaste da mudança de verdades.
Sim, pois mudar de verdades causa tanto desgaste quanto mudar de casa para um apartamento alto, sem elevador.
E toda vez que meus pensamentos e verdades se tornam moradores de casas é quando mais quero mudá-los para o mais alto arranha-céu.
No entanto, há o que não se mude e vive anos sustentando a capacidade de ficar estável como pensamento-casa. Suportando das perguntas mais idiotas às mais raras filosofias.

No início do processo do meu livro, eu ousei expôr verdades-casas, mas, ingênuo, não contive o ímpeto de gritar minhas 'verdades absolutas', bastante respaudadas até hoje, contudo, eu mesmo me julgava dono de uma filosofia vã e infantil. Mesmo relevando que, de fato, assim o era, mas com assuntos nada convencionais à minha idade biológica.
Me orgulho de cada pensamento que tenho ou tive, mas não espere ler-me venerando a verdade absoluta, porque além de uma redundância idiota e desperdício da palavra "absoluta", a verdade só é dita "VERDADE", porque é verdade, nada mais.
[Texto de 30/12/2008. ]

Em tempo: Parece que recobrei a capacidade de escrever. Agradeço, de verdade, aos q me ajudaram...seja por aqui ou via msn. E aos poucos q contribuiram ao vivo.
Parece que achei um jeito e um incentivo.
Lá vou eu, reiniciar este velho processo, tão desgastante quanto gostoso.
Que meu livro venha...e que assim seja!

5 comentários:

Anônimo disse...

O bom escritor não perde a inspiração, apenas descansa a alma.

Nina disse...

Ah que saudades imensas de ler o que vc escreve!

De me sentir um ser pensante nas duas horas seguiontes as que li o que você escreveu!

Saudades dos teus papos loucos, mas sinceros!

Saudades de você Mau!

"Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira."

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Filipe disse...

denada, o importante é seguirmos escrevendo e discutindo!

ps. n deixe de escrever

Gisele Boltman disse...

Ai ai.... Prefiro não comentar. =p

Vou voltar a te chamar de Maurício!
Do you understanding?

"Mas eu te mordo de ciúúúúúúes" :D